segunda-feira, dezembro 21

Avatar. James Cameron

Eu nem tinha muito interesse em ir ver. "Bonecada, mais um filme da treta pseudo sci-fi...", pensei. Mas com a devida insistência de quem de direito, fui, até porque para sair das mãos do Cameron, não podia ser mau.
Fui e abençoada hora. Apesar de ter que enfrentar um Fórum cheio de "caçoilos" sequiosos de gastar dinheiro em prendas foleiras e baratinhas, atafulhando-se pelos corredodes, embasbacados com as luzes de Natal tal como as melgas, VALEU A PENA.
E valeu a pena porque, sem qualquer sombra de dúvida, é o melhor filme que já vi. Posso dizê-lo sem pestanejar e sem sequer pensar muito.
Excelentes gráficos. Excelente script. Excelente banda sonora. A Sigourney Weaver. Consciência ecológica. Os Humanos como os mauzões da fita, a espécie que mata tudo o que toca.
Ficamos agarrados à tela em cada segundo do filme, o que prova que o guião é excelente. Torcemos todos para que os humanos sejam derrotados, e para que o herói se torne extra-terrestre.
E os personagens virtuais... mais expressivos que muitos actores de carne e osso, fazem-nos rir e chorar, queremos que ganhem, queremos estar ao lado deles. A interacção dos personagens virtuais com os actores é prodigiosa - não se nota qualquer diferença, são absolutamente perfeitos.
O apelo da natureza - desta vez, os extra-terrestres são seres superiores pelo respeito pela natureza e pela riqueza cultural e memória dos antepassados, as máquinas assassinas e destruidoras são os humanos invasores. Os aliens somos nós, à solta num planeta que queremos sugar sem dar nada em troca: a destruição da natureza pelo dinheiro - desta vez, os humanos saltaram para outro planeta, uma vez que haviam já destruído o nosso... Em muitas alturas do filme, os mais sensíveis para estas questões fazem logo a analogia da história com o que se passa na Amazónia: exploração, indígenas, destruição, dinheiro... isso tudo.
Um filme para ver outra vez. Sem dúvida. São 3 horas de puro deleite para os sentidos.

Uma nota absolutamente negativa para a Zon Lusomundo e para a Vodafone: que raio de coisa é aquela do Vodafone sound experience, em que nos mandam fechar os olhos ( eu não fechei e agarrei logo a carteira!!...), e ficar a ouvir uma salganhada de barulhos de avião, agua e mais não sei quê? Era suposto aquilo imitar o quê - um avião a despenhar-se? Que piadinha de mau gosto... Seja o que for, falhou redondamente, foi absolutamente ridiculo e vejam se acabam com isso que pagar bilhete para ouvir barulho não tem jeito nenhum. Não fosse a magnanimidade do filme, tinha pedido o livro de reclamações.

3 comentários:

Susana Marques disse...

trata-se de um conceito inovador pela parte da vodafone , muito bem conseguido.

Nasci Maria disse...

lol! Concordo em tudo! Também achei excelente o filme! Também me surpreendeu o mandar fechar os olhos :)
Mas sem dúvida o filme é delicioso, faz-nos sentir parte dele na sua visão 3D e ao mesmo tempo prende pela sua história! Adoro a parte dos seres se unirem pelas caudas e se tornarem únicos e pares para sempre.
Eu ando sem vontade de escrever, ainda bem que alguém o faz por mim :)

mel disse...

Olá.Gosto inmenso do teu jeito de escrever sobre este film, mas eu ainda tenho de ir vê-lo.
Bjs.