segunda-feira, outubro 16

Guarda polivalente

"O Ministério da Administração Interna está a avaliar um estudo que propõe a extinção das brigadas de Trânsito e Fiscal da GNR, dos regimentos de Infantaria e Cavalaria e de quatro brigadas territoriais.
A análise propõe uma diminuição dos quadros relativos ao apoio geral e ao serviço administrativo e um aumento da área operacional, prevendo a integração dos efectivos dos oito organismos a extinguir em grupos dependentes do comando-geral. Desta forma, os guardas deixam de ter funções específicas e passam a ser escalados para qualquer tipo de actividade.
O aumento da eficácia na actividade operacional com menos recursos é o motivo indicado para esta transformação, que pode pôr fim às brigadas territoriais N2, da área de Lisboa, N3, do Alentejo e Algarve, N4, do Porto, e N5, de Coimbra.
O estudo defende também a criação de um núcleo de deontologia e do fortalecimento do serviço costeiro, pretendendo aumentar o combate ao tráfico de droga e a imigração ilegal."
Portal do Cidadão
Alarmista, a notícia. O MAI pretende é ter menos pessoal sentado à escrivaninha, e mais pessoal na rua. Mais: pretende centralizar serviços, evitando a sua autonomia. Quem sabe, criar uma Super-Guarda, tout-court. Passam a vida a dizer que têm que aumentar os efectivos, e tal, para que a fiscalização da ilegalidade chegue a todos os centímetros de solo nacional, ao mesmo tempo, e depois iam extinguir Brigadas, só assim?
Ná. Os Guardas que se cuidem, porque se esta moda pega, é-lhes exigida a polivalência, como aliás se tem vindo a exigir a qualquer funcionário público - Acabou-se o exclusivo passeio de carro pelas estradas de Portugal: de vez em quando é preciso dar ao chinelo, senhores guardas. Como a generalidade dos portugueses, que têm que se esfolar a fazer trinta por uma linha para levar uns míseros trocos para casa. Tal como eles, senhores guardas.

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